sábado, 29 de novembro de 2014

QUANDO A MORTE

NÃO É UMA TRAGÉDIA

 





Neste domingo milhões de pessoas, em todo o Brasil, irão ao cemitérios homenagear os seus mortos, no chamado “dia dos finados”. São muitas lembranças e profundas saudades. São lágrimas copiosas e a recordação de um tempo que não gostaríamos de ter vivido. Por outro lado, este é o dia em que podemos trazer à nossa memória a verdade alvissareira, que Cristo ressuscitou como as primícias de todos os que dormem.

A morte é retratada nas Escrituras como o rei dos terrores. Onde chega, traz em sua bagagem muita dor. A morte arranca de nossos braços pessoas que amamos e deixa em seu rastro marcas de profundo sofrimento. Porém, a morte foi golpeada mortalmente. A morte morreu na morte de Cristo, pois ele venceu a morte, ressuscitando dentre os mortos para nunca mais morrer. Jesus tirou o aguilhão da morte. Agora, a morte não tem mais a última palavra.

Jesus destruiu o poder da morte e aqueles que creem nele não morrem eternamente. Por isso, a morte para um cristão não é uma tragédia, pois é preciosa aos olhos de Deus. A morte não é o fim da vida, mas o começo da bem-aventurança eterna. Felizes são aqueles que morrem no Senhor, pois descansam de suas fadigas. A morte não é o caminho do purgatório, pois este inexiste. A morte não é o portal da reencarnação, pois esta é irreal. A morte não abre a porta do sono da alma, pois a alma não dorme.

Morrer, para uma pessoa salva, é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Morrer é entrar no paraíso, no céu, no seio de Abraão, na casa do Pai, onde Deus enxugará de nossos olhos toda a lágrima. Para os filhos de Deus, a morte não é uma tragédia, mas uma promoção. Quando o nosso corpo, essa tenda temporária, se desfizer, teremos, então, da parte de Deus, uma casa eterna nos céus. Morrer para o cristão é lucro.

O apóstolo Paulo, trazendo uma palavra de encorajamento aos crentes que estavam tristes e sem esperança em relação aos seus mortos, abordou a gloriosa doutrina da ressurreição. Tratou de três verdades axiais do Cristianismo.

Primeiro, a ressurreição no passado é um fato histórico incontroverso (1Co 15.1-11). Paulo diz que a morte de Cristo não foi um acidente nem sua ressurreição uma surpresa. Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras e ressuscitou segundo as Escrituras. Jesus ressuscitou e apareceu aos apóstolos várias vezes e também a muitas outras pessoas. Assim, sua vitória sobre a morte foi um fato histórico incontestável. Você pode visitar o túmulo de Buda, Confúcio, Maomé, Kardec, mas o túmulo de Jesus está vazio. Aleluia!

Segundo, a ressurreição no presente é um artigo de fé (1Co 15.12-19). O argumento de Paulo é que se Cristo ressuscitou, então os mortos também ressuscitarão e se Cristo não ressuscitou, então, é vã a nossa pregação, e também a nossa fé. Se Cristo não ressuscitou somos tidos por falsas testemunhas de Deus. Se Cristo não ressuscitou ainda permanecemos nos nossos pecados e os que dormiram em Cristo pereceram. Se Cristo não ressuscitou, então, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem, diz o apóstolo Paulo.

Terceiro, a ressurreição no futuro é uma esperança bendita (1Co 15.20-57). Quando Jesus voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão com corpos imortais, incorruptíveis, gloriosos, poderosos, espirituais e celestiais. Teremos um corpo semelhante ao corpo de sua glória. Os que ainda estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Ainda que hoje as lágrimas rolem em seu rosto, erga os olhos e veja quão linda herança temos pela frente!



Reverendo Hernandes Dias Lopes
Diretor executivo da LPC




*BOLETIM DA IGREJA*















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