sábado, 6 de junho de 2015

PEDRO, 

nosso fiel retrato







Pedro é o personagem mais contraditório da história. Oscilava como uma gangorra desde os picos mais altos da coragem até às profundezas da covardia mais vil. Com a mesma velocidade que avançava rumo à devoção mais fiel, dava marcha à ré e tropeçava em suas próprias palavras. Pedro é mais do que um homem paradoxal; é um emblema. Pedro é o nosso fiel retrato. É a síntese da nossa biografia. O sangue de Pedro corre em nossas veias e o coração de Pedro pulsa em nosso peito.

Temos o DNA de Pedro. Oscilamos também entre a devoção e a apostasia. Subimos aos píncaros e caímos nas profundezas. Falamos coisas lindas para Deus e depois tropeçamos em nossa língua e blasfemamos contra ele. Prometemos inabalável fidelidade e depois revelamos vergonhosa covardia. Revelamos uma fé robusta num momento e em seguida naufragamos nas águas revoltas da incredulidade. É isso o que somos, Pedro!

Quem era Pedro? Pedro era filho de Jonas e irmão de André. Nasceu em Betsaida, bucólica cidade às margens do mar da Galileia. Pedro era um pescador rude e iletrado, mas detentor de uma personalidade forte. Era notório seu dom de liderança. Pedro era casado. Fixou residência em Cafarnaum, quartel general de Jesus em seu ministério. Nessa cidade tinha uma empresa de pesca em sociedade com Tiago e João, os filhos de Zebedeu.


Pedro foi levado a Cristo pelo seu irmão André. Desde que foi chamado por Cristo para ser um pescador de homens, ocupou naturalmente a liderança do grupo apostólico. Seu nome figura em primeiro lugar em todas as listas neotestamentárias que apresentam os nomes dos apóstolos. Foi o líder inconteste dos apóstolos antes da morte de Cristo e o destacado líder depois da ressurreição de Cristo. Ele foi o homem que abriu as portas do evangelho tanto para os judeus como para os gentios.

Seu ministério foi direcionado especialmente aos judeus, aos da circuncisão. Foi o grande pregador da igreja primitiva em Jerusalém, aquele que levou a Cristo cerca de três mil pessoas em seu primeiro sermão depois do Pentecostes. Também foi dotado pelo Espírito Santo para operar grandes milagres. Até mesmo sua sombra era instrumento poderoso nas mãos de Deus para curar os enfermos.

Pedro foi como uma pedra bruta burilada pelo Espírito Santo. De um homem violento, tornou-se um homem manso. De um homem afoito e precipitado, tornou-se um homem ponderado. De um homem explosivo, tornou-se um homem controlado e paciente. De um homem covarde tornou-se um gigante, que enfrentou prisões, açoites e a própria morte com indômita coragem.

Pedro foi um homem de oração. Tinha intimidade com Deus. Porque prevalecia secretamente diante de Deus em oração, levantava-se com poder diante dos homens para pregar.

Pedro foi um pescador de homens e um presbítero entre outros presbíteros. Jesus colocou em sua mão o cajado de pastor e ordenou-lhe a apascentar seus cordeiros e a pastorear suas ovelhas. Pedro foi um homem que encorajou a igreja a enfrentar o sofrimento da perseguição e também denunciou com inabalável coragem os falsos mestres que perturbavam a igreja. Esse foi o teor respectivo de suas duas epístolas.
Pedro foi um missionário que, juntamente com sua esposa, anunciou o evangelho em muitos redutos do império romano. Pedro exaltou a Cristo em sua vida e glorificou a Deus através de sua morte.

Que você e eu sigamos as pegadas desse homem de Deus e que, em nossa geração, Cristo seja conhecido em nós e através de nós!



Reverendo Hernandes Dias Lopes
Diretor executivo da LPC




*BOLETIM DA IGREJA*







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